AVISO - Aulas supensas dias 31/03 e 01/04/2008


" E.E.M.A.B.A, MAIS DO QUE UMA BOA ESCOLA, É ONDE O ALUNO SE SENTE BEM!!!"

Ocorrerá nos dias 31/03 e 01/04 de 2008 as atividades de Reflexão sobre o SARESP 2007 e Divulgação e Implantação da Proposta Curricular no Estado de São Paulo.

Nestes dias não haverá aula para os alunos, mas os professores estarão reunidos com a Coordenação da Escola, e a Direção a partir das 8h.

Para próxima semana serão agendadas reuniões com os Pais a fim de apresentarmos e divulgarmos a nova Proposta Curricular.

De acordo com a nossa Secretária da Educação do Estado de São Paulo Maria Helena Guimarães de Castro, este ano será um " divisor de águas" para a educação paulista.

Ressalto que nenhuma Proposta é implementada de fato sem o apoio de toda comunidade escolar ( professores, alunos, pais, direção, etc).

"..Se todos os alunos aprenderem mais, podemos dizer que os esforços dos professores, Gestores e da Secretaria da Educação deram certo". ( Caderno 1 do Gestor, SEE - SP).


ROBERTA DA SILVA BONANI
DIRETOR DE ESCOLA

Módulo de Funcionários... algumas considerações!!!

Módulo de Funcionários

O principal problema do Decreto nº 52.630/2008desse é que ele prejudicou as escolas que, apesar de pequenas (8 a 12 classes), funcionam em mais de dois períodos. Elas perderam o vice-diretor.

Alertada para o problema, pela UDEMO ( Sindicato de Diretores) a Secretaria da Educação prometeu rever o decreto, fazendo voltar tudo à situação anterior.

Depois de muita discussão, esclarecimentos, idas e vindas, foi publicada a Resolução SE 27, de 11/03/2008, que não atende aquilo que havia sido combinado entre Udemo e Secretaria. De concreto, apenas diminuiu-se em uma o número de classes para a escola ter direito ao vice. Passou-se de 12, do decreto, para 11, na resolução.

Isso não resolve o nosso problema, que foi muito bem esclarecido à SE: onde houver mais de dois períodos, tem de haver o vice, independentemente do número de classes.
Teremos uma audiência na SE, nos próximos dias. Se não conseguirmos resolver a questão, em definitivo, nessa audiência, vamos entrar com Mandado de Segurança contra essas

E não é só isso. A questão dos Agentes de Organização Escolar e Agentes de Serviços, continuou na mesma. A única diferença foi a redação.

Na Resolução anterior a cada 10 salas comportávamos 2 Agentes de Organização e agora a cada 5 salas comporta-se 1 Agente de Organização.Matematicamente ou eu não sei fazer conta, ou não entendi!!!

Proponho os seguintes questionamentos:

Os alunos de hoje são iguais aos da década de 70 e 80?

Houve um aumento exorbitante nas exigências burocráticas da Escola ou não? Na escola é feito tudo, pagamento, ficha 100, digitação de notas, acerto de vida funcional,etc,etc,etc.

A Escola é uma Unidade Administrativa sem condições mínmas ou não? Temos até código de UA.

Minha indignação:

Concluo, não há investimeno efetivo em escolas de qualidade. O Resultado é uma imensidão de Fundações CASA e Presídios de Segurança Máxima. Não se investe em recursos humanos na escola, mas investe-se em "inúmeros vigias" para menores infratores, abrem-se muitas vagas para agentes carcerários...

Mas que coisa invertida!!!

É um País que não consigo entender mesmo...

A Escola , está sendo segura pelos voluntários,alunos, ex alunos, pais. Pois os funcionários só serão contratados em abril ou maio, de acordo com o módulo que escrevi acima . Mas o empenho dos mesmos me comove...

Ontem perguntei a uma ex-aluna:

- Há mais de dois anos você ajuda aqui e não ganha nada, por quê? ( Detalhe a referida ex-aluna, cumpre as funções de um " Inspetor de Escola".Arruma eventuais para as salas quando os professores titulares faltam, olha os alunos no intervalo, ajuda nos corredores nas trocas de aula, organiza as saídas da Fanfarra, etc, etc,etc)

Resposta:

"- E o prazer de ajudar e servir a escola que estudei? Não tem dinheiro que pague".

Primeiro um arrepio e depois aquele nó na garganta. Segurei meu choro e pensei:"..é pelas Rubias da vida, pelos Adautos, por professores que vem fora do horário, ou ficam além do horário ajudando a olhar o portão, por funcionários que estendem suas jornadas além das 8 horas legais, pelas mães que vêm ajudar nos intervalos, dentre outros, que ainda trabalho, e continuo achando que meu trabalho vale a pena"!!!

Roberta da Silva Bonani
Diretor de Escola


Professor no Domingo pintando os armários de uma das salas da escola.

Dia Internacional das Mulheres...um pouco de História



Uma data de muitas histórias e lutas...

As comemorações do 8 de março estão mundialmente vinculadas às reivindicações femininas por melhores condições de trabalho, por uma vida mais digna e sociedades mais justas e igualitárias. Essa luta é antiga e contou com a força de inúmeras mulheres que, nos vários momentos da história da humanidade, resistiram ao machismo e à discriminação.

É a partir da Revolução Francesa (1789), que as mulheres passam a atuar na sociedade de forma mais significativa, reivindicando a melhoria das condições de vida e trabalho, a participação política, o fim da prostituição, o acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos.
É nessa época que surge o nome da francesa Olympe de Gouges. Em 1791, ela lançou a “Declaração dos Direitos e da Cidadã”, que reivindicava o “direito feminino a todas as dignidades, lugares e empregos públicos segundo suas capacidades”. Afirmava, também, que “se a mulher tem o direito de subir ao cadafalso, ela deve poder subir também à tribuna”. Olympe de Gouges foi julgada, condenada à morte e guilhotinada em 3 de março de 1793 por “ter querido ser um homem de Estado e ter esquecido as virtudes próprias do seu sexo”. Nesse mesmo ano, as associações femininas foram proibidas na França.



Revolução Industrial

Na segunda metade do século XVIII, as grandes transformações ocorridas no processo produtivo, e que resultaram na Revolução Industrial, trouxeram consigo uma série de reivindicações até então inexistentes. A absorção do trabalho feminino pelas indústrias, como forma de baratear os salários, inseriu definitivamente a mulher no mundo da produção. Ela passou a ser obrigada a conviver com jornadas de trabalho que chegavam a até 17 horas diárias, em condições insalubres, submetidas a espancamentos e ameaças sexuais constantes, além de receber salários que chegavam a ser 60% menores que os salários dos homens.
Um exemplo típico do ambiente fabril na época era a tecelagem Tydesley, em Manchester (Inglaterra), onde se trabalhava 14 horas diárias a uma temperatura de 29º, num local úmido, com portas e janelas fechadas e, na parede, uma cartaz afixado proibia, entre outras coisas, ir ao banheiro, beber água, abrir janelas ou acender as luzes.

Luta operária

Não tardaram a surgir, na Europa e nos Estados Unidos, manifestações operárias contrárias ao terrível cotidiano vivenciado e os enfrentamentos com o patronato e a polícia se tornaram cada vez mais freqüentes. A redução da jornada para 8 horas diárias passou a ser a grande bandeira dos trabalhadores industriais.
Em 1819, depois de um enfrentamento onde a polícia atirou com canhões contra os trabalhadores, a Inglaterra aprovou a lei que reduzia para 12 horas o trabalho de mulheres e dos menores entre 9 e 16 anos. Foi também a Inglaterra o primeiro país a reconhecer, legalmente, o direito de organização dos trabalhadores. O parlamento inglês aprovou, em 1824, o direito de livre associação e os sindicatos se organizaram em todo o país.

Foi no bojo das manifestações pela redução da jornada de trabalho que 129 tecelãs da Fábrica de Tecidos Cotton, em Nova Iorque, cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos pelo direito a uma jornada de 10 horas, na primeira greve americana conduzida unicamente por mulheres. Violentamente reprimidas pela polícia, as operárias, acuadas, se refugiaram nas dependências da fábrica. No dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas da fábrica e atearam fogo. Asfixiadas, dentro de um local em chamas, as tecelãs morreram carbonizadas.

Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910, na Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos Clara Zetkin propôs que o 8 de março fosse declarado como a data de comemoração do Dia Internacional da Mulher, homenageando às tecelãs de Nova Iorque. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. A partir daí, essa data começou a ser comemorada em todo o mundo.
Fonte principal:

LOPES, Carmem Lúcia Evangelho. 8 de março: Dia Internacional da Mulher – Uma data e muitas histórias. (texto resumido). Cedim-SP/Centro de Memória Sindical.
In: Agenda Rede Mulher de Educação – 1998.